terça-feira, 8 de junho de 2010

Um dia mais do que especial: o dia dos casados, ajuntados ou namorados...



Eu detesto os tipos de datas de cunho: tem que comprar. É no Natal, dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, enfim, se pudesse, o comércio ia entupir você de uma enorme quantidade de datas para que a economia permanecesse aquecida.

No Brasil, a gênese da data do dia dos namorados começou na mesma sintonia. Alguns a atribuem a uma promoção pioneira da loja Clipper, realizada em São Paulo em 1948. Outros dizem que o Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória, que criou um slogan de apelo comercial que dizia "não é só com beijos que se prova o amor". A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados realizado nos Estados Unidos. É provável que o dia 12 de junho tenha sido a data escolhida porque representa uma época em que o comércio de presentes não fica tão intenso. A idéia funcionou tão bem para os comerciantes, que desde aquela época, o Brasil inteiro comemora anualmente a data.

Mas para aqueles que gostam da data, seja como namorado, noivo ou casado, fiz das minhas palavras, a palavra de um especialista, não só na área de linguistica, mas também de casamento, que pretendeu apresentar alguns conselhos, muito além de uma data de troca. É com você Sergio Freire:

Primeiro conselho: nada de cada um ter seu lado na cama. Isso ajuda a rotina chegar mais cedo. Faça como os políticos: um dia durma na esquerda e no outro na direita. Variação é o nome do jogo. Isso também vale para o lugar na mesa para comer ou em frente à TV. Falando em TV, mostre para a patroa desde cedo que o controle remoto é, prioritariamente, seu. Circunstancialmente pode até ser dela. Mais especificamente no dia do aniversário dela ou em 08 de março, como parte da homenagem pelo dia, rsss.

Segundo conselho: se atenha à lista do supermercado. Nunca compre além do que consta nela e nem deixe a patroa ganhar muita autonomia na compra. Vá com ela sempre para tutorar. Nas primeiras compras, cerceie a liberdade dela com movimentos leves, sem chamar atenção. Aproveite e compre duas latas de leite condensado para você chupar direto no furo, pois se sua mãe não deixava, agora, negão, você é o dono da casa e pode. Mate esse desejo. Outra coisa: o primeiro supermercado sabidamente é só compra de porcaria. A gente enche o carrinho de quibe, hambúrguer, coxinha, pizza, lasanha de caixinha, Ruffles, chocolate e castanha-de-caju. Permita a compra dessas porqueiras somente nos dois primeiros supermercados que fizerem, depois corte. Porque senão você vai engordar. Mais ainda. Quando a gente casa, um dos presentes que nós, maridos, ganhamos é uma caixa com 4 ou 5 quilos para botar na barriga. Todo mundo engorda com o casamento. É fato. Por isso, nunca vá para o supermercado com fome.

Terceiro: não permita que ela brigue com seu computador. Computador é computador e mulher é mulher. Se você tiver trabalhando no computador – a gente sempre tem de usar o termo trabalhando para ganhar respeitabilidade – e ela lhe chamar para dormir, diga a verdade. Não diga que vai daqui a uns minutinhos, porque você não vai. E ela vai cobrar. Diga logo que vai demorar umas duas horas. Jogue por cima. Se você for para cama antes do estipulado é lucro. De vez em quando, vá lá no quarto, dê um cheiro no pescoço dela ou faça um cafuné para manter o contato e não deixar brecha para ser acusado de abandoná-la sozinha na cama.

Outro conselho dos veteranos: evite padrões. Nunca chegue no mesmo horário em casa. Se você tende a chegar sempre no mesmo horário, dê uma voltinha a mais, reduza a velocidade do carro, pare num Select para comprar sorvete. Permita uma variação de quinze minutos para mais e quinze para menos, no mínimo. Se você criar um padrão de horário, no dia que houver um engarrafamento ou um pneu furado de verdade, ela não vai acreditar. E o pior: você mesmo vai passar a ligar para avisar, tenso, numa espécie de autovigilância: “Oi, meu bem… tô chegando, tá?

Conselhos de banheiro: antes de tudo, nunca faça cocô de porta aberta. Quem gosta de cocô é fossa e bioquímico. Nenhum amor resiste ao cheiro do excremento alheio. Sem falar nos grunhidos, gemidos, caras e bocas. Ah, e dê descarga, porque o primeiro cocô do outro é como o primeiro Valisére, só que reverso: a gente nunca esquece, por outros motivos. Ainda no quesito banheiro, quem tem de escolher as revistas do banheiro é o marido. Nada de Casa Cláudia, Nova ou Marie Claire. Tem de ser Vip ou, para os advanced, Playboy. Talvez uma ou outra revista de fofoca, desde que apareçam os peitos da Débora Secco ou a bocarra convidativa da Aline Moraes.

Em tempos de politicamente correto, o marido deve ajudar nas tarefas domésticas. Mas imponha limites. Leve o lixo – que deve ser previamente recolhido e fechado, deixe isso claro -, pregue as coisas na parede, mate as baratas. Lavar louça só como higiene mental e só naqueles dias em que você estiver a fim de refletir sobre a vida. Tem de haver uma motivação intrínseca. Cuidado para não deixar sabão ou gordura nos pratos e talheres, pois haverá inspeção posterior da patroa. A mulherada passa o dedo para ver se desliza ou não, checando se você lavou direito ou deu apenas uma demão. Lavar roupa ou limpar casa, nem pensar.

Um fato doloroso e inevitável: as contas vão chegar. IPTU, luz, água, telefone, aluguel. Por mais paradoxal que seja, esse é um dos aspectos positivos de casar. A gente passa a ser mais consciente e começa a economizar. Começamos a apagar luzes acesas, televisores ligados para ninguém, ar-condicionado no meio da noite sob a alegação de frio. Mas você só vira mesmo dono-de-casa quando se vê obrigado a trocar aduela. Marido que é marido tem que comprar aduelas para as portas. Enquanto não fizer isso, não ganha o ISO9002.

Defina algumas regras básicas: quem está mais perto é que tem de ir. Seja lá o que for. Isso evita exploração e é mais democrático. Tocou o telefone, vai quem está mais perto. A TV está desligada no botão e não dá para ligar no controle, vai quem está mais perto. Desligar ou ligar o ar-condicionado? Quem está mais perto, claro. Teia-de-aranha? Limpa quem vê primeiro. Como nós maridos quase nunca prestamos atenção nesses detalhes menores, a obrigação quase sempre passa a ser delas. Mas mantenha a regra: dura lex, sed lex.

Um conselho sábio: entregue certas coisas na mão dela. Deixe que ela decida as suas roupas, o sabor da pizza, o restaurante, o supermercado, o sabonete, a pasta de dente, a cor da parede, a cor e o tipo da persiana, o sofá, suas cuecas, suas meias, seu perfume, os presentes a dar. Nada, absolutamente nada, vale a dor de cabeça de ter que argumentar sobre essas coisas. Vai por mim, um casado três-ponto-zero que sabe o que diz. Deixe que ela seja a responsável da casa pelas ligações telefônicas para pedir comida, reclamar de algo, marcar consultas, fazer reservas e afins. Fique perto apenas para o caso de ela entrar em pânico e precisar de ajuda.

Mantenha seus limites. Lembre-se: esposa é como pano-branco. Começa com um espacinho de nada e, se não cuidar, se espalha por todo o espaço. Pano-branco, para quem não sabe, é o mesmo que pitiríase alba. Futebol com a moçada e a reza da família de domingo são sagrados. Um pouco de espaço ajuda a crescer e não sufoca o relacionamento. É bom lembrar que esse negócio de ser um só faz do casal dois meios. Não dá.

Pratique a paciência com o xixi dela. Mulher tem problema no retentor e faz xixi de meia em meia hora. E vai fazer nos momentos mais cruciais: quando estiver em cima da hora do filme começar, ou no meio da estrada onde não há sequer uma cidadezinha por perto, ou ainda no meio de um passeio noturno de canoa para focar jacaré. É batata. Ou fazemos o tai-xixi-chuan para relaxar ou teremos colapsos frequentes.

Um outro fator altamente pertinente é a sogra. Se valesse reclamação, o PROCON estaria entupido até o teto.

Bom, conselhos práticos dados, vamos a algumas considerações finais menos sérias, mas importantes também. Casamento é escolha, portanto priorize a sua escolha, ou seja, o outro. Sempre. O outro só deve deixar de ser prioridade quando vierem os filhos.

Busque a cada dia motivos para continuar admirando a pessoa com quem você casou. Uma relação acaba quando acaba a admiração e o orgulho que sentimos pelo outro. Use as pequenas coisas do dia-a-dia como termômetro da relação. Uma das grandes provas de que existe amor é ceder a última almôndega para o outro e, mesmo ficando com fome, se sentir feliz. Abrir mão de comida é sinal de que a relação se guia pelo bem-estar do outro e não pelo nosso. Quando um casal passa a avançar sobre o último bife é mau sinal. Abrace, beije e diga sinceramente o quanto você é feliz e ama seu convivente sempre que tiver vontade. Isso nunca é demais e funciona como água nas flores. Rega e alimenta. As coisas ruins? Essas podem ser ditas quando a raiva do momento evaporar. Durma antes de tomar qualquer decisão mais séria.

Por fim, desejo sinceramente toda felicidade do mundo para todos nós casais. Muita paciência um com o outro e ambos com a vida a dois, que não é fácil, mas é muito boa. Tem momentos que pensamos fazer igual ao buquê, jogar para cima e deixar a vida nos levar, mas no final, dormir de conchinha é sempre mais especial. Meus pêsames que vai passar o dia 12 chupando os dedos. É ruim demais!

Ps: Algumas considerações vieram de uma pessoa altamente encantadora e feliz.

PS2: Para aqueles que levam tudo ao pé da letra um conselho. O Ministério da Saúde adverte: Quem não brinca nessa vida, terá muito cedo um problema cardíaco, rsss.

domingo, 30 de maio de 2010

Lula é o cara ou não é o cara?

No dia 02 de Abril do corrente ano, em um almoço dos líderes de G 20, o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, afirmou: "Lula é o cara".

Pouco mais de um mês, após o Brasil ter tido não só o aval, mas uma carta da presidência dos Estados Unidos da América, para tentar consolidar uma posição diplomática das potências do Ocidente e da Agência Internacional de Energia Atômica, chego a conclusão que todo o encaminhamento liderado pelo "Cara", na verdade se resume à seguinte pergunta: o Brasil agiu assim porque tem se consolidado como uma liderança internacional, ou já é um líder internacional e por isso agiu assim?

É evidente que a intenção do "Cara", é polarizar a Organização das Naçoes Unidas, atingir a hegemonia dos Estados Unidos e, assim, mostrar ao mundo que haveria lugar para o Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Por outro lado, a tentativa de revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, em uma reunião, que aconteceu em Nova York, ignorou no texto final, países como Índia, Paquistão e Coréia do Norte. Israel, que não assume que tem e também não nega que não tem um programa nuclear, também optou por não assinar o tratado. É bom se lembrar, que durante o ano de 1975, em pleno apartheid sul africano, Israel ofereceu um arsenal repleto de arma nuclear àquele sistema. Mas cabe aqui lembrar, que Israel sempre foi aliado dos Estados Unidos.

O Irã, como assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, pode enriquecer o Urãnio até 20%, com supervisão da ONU. Mas, mediante o esforço de Turquia e Brasil, sob as condições estabelecidas pelo prêmio nobel da Paz, não foi suficiente para aquietar e condicionar o americanismo a uma atitude de humildade e diálogo.

Afinal, ele foi ou não foi o "Cara"?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Bi-Polaridade da vida...

A discriminação nesse país corre na veia, de grande parte da população. Não estou falando da discriminação dos gays, das lésbicas, dos negros, mas sim, de uma discriminação que é pouco discutida, porém, amplamente mal tratada por pessoas de uma atmosfera maldosa e com outros interesses, a discriminação com doentes que procuram a psiquiatria.

Não sou médico, nem um profissional da saúde, mas é catastrófico o despreparo de algumas pessoas, que se jugam amplamente competentes, ao ponto de rotular e criar paradigmas em torno de quem precisa de um tratamento.

Porque tratar de uma intensa dor de cabeça ou de um problema de vista é considerado algo extremamente normal e procurar um psiquiatra é comparado a um ser "maluco"?

O psiquiatra do Rio de Janeiro, Dr. Paulo Issa, apresentou algumas respostas:

Por vários motivos, dentre eles o preconceito errado em achar que “Psiquiatra é médico de maluco”. Outro motivo está no fato de as pessoas chamarem as doenças emocionais ou psicológicas de “doenças dos nervos” e associam “os nervos” ao Neurologista. Uma outra explicação é que os planos de saúde geralmente têm poucos médicos psiquiatras cadastrados, já que se torna muito caro para o plano, um médico em que se vai todo mês por um período indeterminado ou variável. Assim sendo o número de Neurologistas credenciados acaba sendo muito maior, o que torna mais fácil o acesso. Por haverem poucos psiquiatras com planos de saúde, suas consultas particulares geralmente são caras, o que superlota os serviços públicos e dificulta o acesso ao tratamento.


É ainda mais lamentável, que a grande maioria que rotula e condena as pessoas que procuram um tratamento, são pessoas que, sequer, tem a coragem de procurar um médico para se tratar.

Estava lendo nesse final de semana, um livro que se chama: Não sou uma só: Diário de uma Bipolar, da autora Marina W. Recomendo a todos que leiam.

A sinopse segue abaixo:

A partir de sua experiência pessoal, a escritora e jornalista Marina W. faz um relato detalhado sobre os altos e baixos na vida dos que sofrem de transtorno bipolar, doença geralmente não assumida por quem a tem, e incompreendida por quem não a conhece de perto. Já não é segredo que os cineastas Francis Ford Coppola, Tim Burton e Lars Von Trier, os atores Elizabeth Taylor e Jim Carrey e os cantores e compositores Tom Waits, Robbie Williams e Axl Rose sofrem de transtorno afetivo bipolar. O artista surrealista Salvador Dali, a atriz Marilyn Monroe e o cantor Elvis Presley também eram bipolares, mas, em sua época, a doença era equivocadamente chamada de psicose maníaco-depressiva.

Por fim, gostaria de lançar o seguinte desafio: "A você que julga e joga pedra, desafio a sentar na frente de um profissional a se esvaziar e a se fazer uma pessoa melhor. O que você acha?