segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Bi-Polaridade da vida...

A discriminação nesse país corre na veia, de grande parte da população. Não estou falando da discriminação dos gays, das lésbicas, dos negros, mas sim, de uma discriminação que é pouco discutida, porém, amplamente mal tratada por pessoas de uma atmosfera maldosa e com outros interesses, a discriminação com doentes que procuram a psiquiatria.

Não sou médico, nem um profissional da saúde, mas é catastrófico o despreparo de algumas pessoas, que se jugam amplamente competentes, ao ponto de rotular e criar paradigmas em torno de quem precisa de um tratamento.

Porque tratar de uma intensa dor de cabeça ou de um problema de vista é considerado algo extremamente normal e procurar um psiquiatra é comparado a um ser "maluco"?

O psiquiatra do Rio de Janeiro, Dr. Paulo Issa, apresentou algumas respostas:

Por vários motivos, dentre eles o preconceito errado em achar que “Psiquiatra é médico de maluco”. Outro motivo está no fato de as pessoas chamarem as doenças emocionais ou psicológicas de “doenças dos nervos” e associam “os nervos” ao Neurologista. Uma outra explicação é que os planos de saúde geralmente têm poucos médicos psiquiatras cadastrados, já que se torna muito caro para o plano, um médico em que se vai todo mês por um período indeterminado ou variável. Assim sendo o número de Neurologistas credenciados acaba sendo muito maior, o que torna mais fácil o acesso. Por haverem poucos psiquiatras com planos de saúde, suas consultas particulares geralmente são caras, o que superlota os serviços públicos e dificulta o acesso ao tratamento.


É ainda mais lamentável, que a grande maioria que rotula e condena as pessoas que procuram um tratamento, são pessoas que, sequer, tem a coragem de procurar um médico para se tratar.

Estava lendo nesse final de semana, um livro que se chama: Não sou uma só: Diário de uma Bipolar, da autora Marina W. Recomendo a todos que leiam.

A sinopse segue abaixo:

A partir de sua experiência pessoal, a escritora e jornalista Marina W. faz um relato detalhado sobre os altos e baixos na vida dos que sofrem de transtorno bipolar, doença geralmente não assumida por quem a tem, e incompreendida por quem não a conhece de perto. Já não é segredo que os cineastas Francis Ford Coppola, Tim Burton e Lars Von Trier, os atores Elizabeth Taylor e Jim Carrey e os cantores e compositores Tom Waits, Robbie Williams e Axl Rose sofrem de transtorno afetivo bipolar. O artista surrealista Salvador Dali, a atriz Marilyn Monroe e o cantor Elvis Presley também eram bipolares, mas, em sua época, a doença era equivocadamente chamada de psicose maníaco-depressiva.

Por fim, gostaria de lançar o seguinte desafio: "A você que julga e joga pedra, desafio a sentar na frente de um profissional a se esvaziar e a se fazer uma pessoa melhor. O que você acha?

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