domingo, 30 de maio de 2010

Lula é o cara ou não é o cara?

No dia 02 de Abril do corrente ano, em um almoço dos líderes de G 20, o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, afirmou: "Lula é o cara".

Pouco mais de um mês, após o Brasil ter tido não só o aval, mas uma carta da presidência dos Estados Unidos da América, para tentar consolidar uma posição diplomática das potências do Ocidente e da Agência Internacional de Energia Atômica, chego a conclusão que todo o encaminhamento liderado pelo "Cara", na verdade se resume à seguinte pergunta: o Brasil agiu assim porque tem se consolidado como uma liderança internacional, ou já é um líder internacional e por isso agiu assim?

É evidente que a intenção do "Cara", é polarizar a Organização das Naçoes Unidas, atingir a hegemonia dos Estados Unidos e, assim, mostrar ao mundo que haveria lugar para o Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Por outro lado, a tentativa de revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, em uma reunião, que aconteceu em Nova York, ignorou no texto final, países como Índia, Paquistão e Coréia do Norte. Israel, que não assume que tem e também não nega que não tem um programa nuclear, também optou por não assinar o tratado. É bom se lembrar, que durante o ano de 1975, em pleno apartheid sul africano, Israel ofereceu um arsenal repleto de arma nuclear àquele sistema. Mas cabe aqui lembrar, que Israel sempre foi aliado dos Estados Unidos.

O Irã, como assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, pode enriquecer o Urãnio até 20%, com supervisão da ONU. Mas, mediante o esforço de Turquia e Brasil, sob as condições estabelecidas pelo prêmio nobel da Paz, não foi suficiente para aquietar e condicionar o americanismo a uma atitude de humildade e diálogo.

Afinal, ele foi ou não foi o "Cara"?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Bi-Polaridade da vida...

A discriminação nesse país corre na veia, de grande parte da população. Não estou falando da discriminação dos gays, das lésbicas, dos negros, mas sim, de uma discriminação que é pouco discutida, porém, amplamente mal tratada por pessoas de uma atmosfera maldosa e com outros interesses, a discriminação com doentes que procuram a psiquiatria.

Não sou médico, nem um profissional da saúde, mas é catastrófico o despreparo de algumas pessoas, que se jugam amplamente competentes, ao ponto de rotular e criar paradigmas em torno de quem precisa de um tratamento.

Porque tratar de uma intensa dor de cabeça ou de um problema de vista é considerado algo extremamente normal e procurar um psiquiatra é comparado a um ser "maluco"?

O psiquiatra do Rio de Janeiro, Dr. Paulo Issa, apresentou algumas respostas:

Por vários motivos, dentre eles o preconceito errado em achar que “Psiquiatra é médico de maluco”. Outro motivo está no fato de as pessoas chamarem as doenças emocionais ou psicológicas de “doenças dos nervos” e associam “os nervos” ao Neurologista. Uma outra explicação é que os planos de saúde geralmente têm poucos médicos psiquiatras cadastrados, já que se torna muito caro para o plano, um médico em que se vai todo mês por um período indeterminado ou variável. Assim sendo o número de Neurologistas credenciados acaba sendo muito maior, o que torna mais fácil o acesso. Por haverem poucos psiquiatras com planos de saúde, suas consultas particulares geralmente são caras, o que superlota os serviços públicos e dificulta o acesso ao tratamento.


É ainda mais lamentável, que a grande maioria que rotula e condena as pessoas que procuram um tratamento, são pessoas que, sequer, tem a coragem de procurar um médico para se tratar.

Estava lendo nesse final de semana, um livro que se chama: Não sou uma só: Diário de uma Bipolar, da autora Marina W. Recomendo a todos que leiam.

A sinopse segue abaixo:

A partir de sua experiência pessoal, a escritora e jornalista Marina W. faz um relato detalhado sobre os altos e baixos na vida dos que sofrem de transtorno bipolar, doença geralmente não assumida por quem a tem, e incompreendida por quem não a conhece de perto. Já não é segredo que os cineastas Francis Ford Coppola, Tim Burton e Lars Von Trier, os atores Elizabeth Taylor e Jim Carrey e os cantores e compositores Tom Waits, Robbie Williams e Axl Rose sofrem de transtorno afetivo bipolar. O artista surrealista Salvador Dali, a atriz Marilyn Monroe e o cantor Elvis Presley também eram bipolares, mas, em sua época, a doença era equivocadamente chamada de psicose maníaco-depressiva.

Por fim, gostaria de lançar o seguinte desafio: "A você que julga e joga pedra, desafio a sentar na frente de um profissional a se esvaziar e a se fazer uma pessoa melhor. O que você acha?